terça-feira, 2 de novembro de 2010



Há dias em que a cor impera. À nossa volta, a luz, o calor, a presença dos outros e como que uma imensa alegria que estranhamente e sem explicação nos invade, fazem esquecer as coisas pequenas que igualmente nos rodeiam; estas passam agora despercebidas...


Noutros dias, é apenas a serenidade, a quietude, uma percepção ligeiramente desfocada que nos envolve, e assim de certa forma nos tranquiliza dos males do mundo, pois o que deles percebemos é apenas ténue...



Outros há no entanto, que apenas nos deixam entrever o mundo para lá de um pequeno e distorcido olhar. Nem a mais bela e frondosa das paisagens se percebe na sua magnitude; tudo é pequeno e escuro, tudo nos atormenta e confronta; apenas a sombra nos conforta. Nesses dias, se nos for possível, devemos parar, escutar a alma, ser solidários com o nosso próprio ser e não tentar vencer a sombra; afinal ela também faz parte de nós e com ela crescemos para a luz.

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